Tudo que você não deve fazer na hora de comprar uma bike usada

Tudo que você não deve fazer na hora de comprar uma bike usada

Os 3 erros comuns na compra de usadas que você precisa evitar e a dica infalível para sempre acertar!

Depois das dicas para comprar e vender bikes com segurança na internet; ensinar como avaliar os componentes para fazer upgrades na sua bike; agora é o momento dos especialistas da semexe, o marketplace da bike, com a colaboração do gerente da loja Pedal Power, de São Paulo (SP), desmistificarem os erros mais comuns na compra de uma bike usada:

“Existe um certo misticismo nas negociações de bikes usadas, por isso vamos pontuar os itens importantes para você não errar mais” – dispara Gabriel Novais da semexe.

“Para eu comprar ou vender uma bicicleta usada, por exemplo na Pedal Power, é necessário que a bike passe por uma revisão em nossa oficina. Nesta revisão faremos uma avaliação geral de todos componentes da bicicleta. Após a avaliação levantamos o orçamento para deixar a bike em perfeito funcionamento, para garantir que o próximo dono não tenha que ter nenhuma despesa de manutenção imediata após a compra da bike e principalmente pedale com total segurança. Nós oferecemos 90 dias de garantia quando vendemos uma bicicleta usada” – explica Jonathan dos Santos, gerente da Pedal Power.

ERRO #1 – IGNORAR OS DETALHES

Acostumado a avaliar dezenas de bikes por semana, Jonathan detalha os itens definitivos para observar numa bike:

1. Qualidade do quadro/ riscos/ possíveis trincas

O chassi é a alma da bicicleta. Procure por trincas nas junções da tubulação, principalmente nas areas do tubo da caixa de direção, movimento central e triângulo traseiro, regiões que recebem mais estresse e podem eventualmente fadigar.

“Se achar qualquer trinco no quadro pula fora porque a bike pode te deixar na mão” – afirma Gabriel Novais, da semexe.

2. Qualidade da roda / pneu / aro / cubo / raio

O conjunto das rodas é responsável literalmente por colocar sua bike em movimento. Além do aspecto geral do pneu, que não deve apresentar ressecamento na borracha ou rasgos, muita atenção nos rolamentos do cubo. Para observar, basta girar a roda e sentir se ela tem fluidez. Neste momento também veja se o aro não tem amassados e está alinhado.

3. Qualidade do funcionamento de câmbios, freios e sistemas remotos

O terceiro item para identificar a qualidade da bike é o conjunto da parte mecânica da bike: transmissão, pedivela, freios e quaisquer componentes remotos, como trava da suspensão ou controle do canote retrátil. Além de limpo, os componentes devem estar em pleno funcionamento, dê uma volta na bike trocando todas as marchas e fique atento para possíveis barulhos indesejáveis.

“Quando o comprador não pode rodar na bike. O que alguns clientes já pediram é um vídeo do dono da bike passando todas as marchas com ela de ponta cabeça. Isso é fácil de fazer e já da pra ver a fluidez da transmissão.” Acrescenta Rafael Papa, sócio fundador da semexe.

Dica: se as marchas não estiverem passando com fluidez, exija um desconto do dono pra fazer a revisão” ou algo do gênero.

ERRO #2 – PREÇO ERRADO

Um dos principais erros do vendedor é na hora de colocar o preço de uma bike usada, considerando o valor que gostaria de receber, não necessariamente o valor de mercado.

Para ter uma ideia de valor de mercado, a sugestão é acessar o site da semexe.com para ter como referência as bikes que estão a venda no mesmo modelo ou perfil. Pode ser de outra marca, mas com peças do mesmo nível.

Os sites generalistas na internet como o OLX e Mercado Livre não são boas referências de preço porque não são especializados e têm produtos de procedência duvidosa.

“Na internet tem preços que os proprietários gostariam de vender e que geralmente estão muito acima do valor que efetivamente o mercado absorve” – afirma Jonathan.

“Uma outra forma que faço para avaliar uma bike usada é comparar com o valor de uma nova, supondo que é o mesmo modelo ou nível de componentes. Vou dar exemplo de uma Specialized Tarmac 2015 com grupo SHIMANO 105. Vamos supor que essa bike usada está em perfeita condição. Então comparo com o valor de um modelo atual, vamos dizer que custe 15.000 reais. Verifico se a plataforma do quadro foi mudada ou se teve alguma mudança drástica. Com isso consideramos todas as mudanças citadas e depreciamos o valor em 25-35% de uma nova. Essa é uma boa fórmula para precificar” – define Jonathan.

ERRO #3 – NÃO SABER DE ONDE VEM

A origem de procedência de uma bike é essencial para evitar a compra de bike roubada e até mesmo assegurar a garantia junto ao fabricante. Por isso é fundamental exigir a nota fiscal do produto. A semexe reafirma seu compromisso contra os roubos e incentiva seus usuários a realizarem seus negócios com transparência e segurança dentro da plataforma.

“Algumas marcas oferecem a garantia vitalícia para o primeiro dono de uma bike. E já existe um movimento do mercado para dar uma garantia estendida de dois anos independente do comprador que possui a nota fiscal da bike, como a Specialized que já vem fazendo isso” – completa Jonathan.

PARA SEMPRE ACERTAR

O tiro certo para não errar mais na compra e venda de uma bike usada pode ser resumido assim:

a) Fique de olho nos detalhes e peça vídeos e fotos para o vendedor para garantir isso:

Consulte sobre o histórico de revisões, troca de peças, revisão de suspensões e amortecedores. Verifique como funciona a política de garantia do fabricante no Brasil: como adquirir peças de reposição com facilidade.

b) Precifique corretamente com o valor de mercado

Consulte sites especializados como, por exemplo: semexe.com e Pedal Power.com.br.

c) Compre em locais seguros e que verificam a procedência das bikes:

Saber a procedência da bike, além de exigir a Nota Fiscal. E também comprar em locais de segurança: bikeshops tradicionais ou plataformas que verificam cada vendedor individualmente, como a semexe que pede documento de identidade e foto de todo usuário.